sexta-feira, 12 de julho de 2013

Whey protein hidrolisada na prática esportiva

Whey protein é uma proteína do soro do leite de vaca, muito utilizada no meio esportivo com intuito de ganho de massa muscular e definição. Mas estamos indo além: a proteína também vem sendo utilizada como complemento importante na dieta de idosos e doentes.

A proteína hidrolisada do soro do leite fornece aminoácidos importantes, sob forma de di- e tri-peptídeos, que são mais rapidamente absorvidos do que proteínas intactas, como as do próprio leite, por exemplo. Trabalhos mostram que essa proteína alcança uma concentração plasmática de insulina 28% maior, quando comparada com ingestão de proteína intacta. Lembrando que a insulina é um hormônio liberado pelo pâncreas que possui efeito anabólico, que contribui pra o ganho massa muscular associado com pratica de atividade contra resistência, especialmente no pós-exercício. Porém, alguns trabalhos mostram que essa hiperinsulinemia é mais permissiva ao ganho de massa muscular do que propriamente estimulatória, sendo o perfil de aminoácidos no sangue o efeito mais poderoso para se alcançar tal objetivo.

E o que poucos livros de nutrição esportiva relatam é que a ingestão acelerada da proteína hidrolisada  e/ou suplementos de aminoácidos resulta em uma menor eficiência do sistema esplânico, que abrange baço, intestino, fígado, pâncreas, etc., em sequestrar esses aminoácidos, deixando-os mais disponíveis para a musculatura. O sistema esplânico contribui com 20 à 35% do turnover de proteínas de todo o corpo. Portanto, dizer que aminoácido é aminoácido, independente da maneira como ela é administrada e do tipo, é mentira.
Em relação à síntese de glicogênio muscular, trabalhos mostram que a ingestão de whey protein hidrolisado melhora a eficiência do carboidrato (ambos ingeridos juntos) após a prática esportiva, melhorando muito a recuperação do esportista ou atleta.
Consulte sempre seu Nutricionista esportivo para lhe ajudar na escolha da whey protein, melhores horários de utilização, o que associar com o suplemento. Obtenha resultados mais consistentes e invista bem seu dinheiro.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

A Importância do Cálcio no Esporte

A Importância do Cálcio no Esporte
O cálcio, o principal mineral que atua na formação da massa óssea, é também essencial para a coagulação sanguínea, agregação plaquetária e ainda tem um papel especial na contração muscular. Sua absorção ocorre no intestino delgado, sendo absorvidos cerca de 20 a 30% da sua ingestão (Biesesk et al, 2005).
Este mineral desempenha importante função na liberação do sítio ativo de pontes cruzadas actina-miosina durante a contração muscular, e por isso representa um nutriente essencial na prática esportiva. Ainda, a sarcopenia, ou perda de massa magra, esta associada à osteoporose, que por sua vez, pode ser desencadeada pela baixa ingestão de cálcio. Na atividade esportiva, a diminuição da massa muscular quase nunca é desejável, e neste sentido, o cálcio teria a função de preservação e manutenção da magra (Bucci et al, 2005).

                                           
Algumas considerações sobre a relação entre atletas mulheres, cálcio e densidade óssea têm sido estudadas. As baixas concentrações de estrógeno e/ou baixa ingestão dietética de cálcio associada ao alto consumo de proteínas e fibras pode ter impacto negativo na massa óssea.
A relação do cálcio e a atividade física é bastante citada na literatura pelo fato de que atletas do gênero feminino que não atingem o pico de massa óssea na infância ou adolescência têm maior chance de desenvolver uma perda da massa óssea e risco maior de osteoporose precoce. Atletas de exercícios muito intensos que desenvolvem amenorréia hipoestrogênica também tendem a apresentar também menor densidade mineral óssea (Lanzillotii et al, 2003).
Outro consenso sobre a relação cálcio e atividade física é sobre depleção de glicogênio em exercício de força, que está citada em estudos com ratos. Essas evidências demonstram que a depleção de glicogênio poderia resultar na incapacidade de reabsorção do cálcio pelo retículo sarcoplasmático. Esta deficiência esta relacionada à incapacidade das bombas de cálcio funcionarem corretamente, devido ao esgotamento das reservas de ATP (Bucci et al, 2005).
A recomendação de ingestão adequada (RDA) de cálcio é igual para homens e mulheres, e equivalem a 1300 mg para mulheres e homens de 9 a 18 anos; 1000 mg para adultos de 19 a 50 anos, e 1200 mg para indivíduos a partir de 50 anos. As principais fontes alimentares deste mineral são: leite, derivados e em menor proporção, os vegetais verdes.
A suplementação do cálcio no esporte só é necessária quando não existe uma ingestão adequada deste mineral. Os suplementos são geralmente comercializados sob forma de carbonato de cálcio, gluconato de cálcio ou citrato de cálcio. Porém devem ser administrados depois da avaliação dietética e descoberta de necessidade da suplementação (Biesesk et al, 2005).
 Fonte: ABNE - Associação Brasileira de Nutrição Esportiva

quinta-feira, 4 de julho de 2013

O consumo elevado de proteína faz mal aos rins?

Uma das coisas que as pessoas vivem dizendo quando você decide começar a tomar suplementos de proteínas é que o consumo excessivo de proteína vai fazer mal para a sua saúde, em particular para os seus rins.
Existe a preocupação de que a alta ingestão de proteína pode promover danos renais crônicos, fazendo com que os rins deixem de funcionar corretamente. Mas será que essa preocupação tem embasamento científico? Será que se aplica a todas as pessoas ou só a algumas? Vamos explorar essa questão nessa matéria.
Comunicados de imprensa muitas vezes concluem que “muita proteína acaba com os rins”. Porém, todos esses comunicados devem ser colocados dentro do devido contexto. A verdadeira questão é se a pesquisa em indivíduos saudáveis apoia essa ideia. A verdade é que, quando olhamos para as pesquisas, vemos que não.

Pesquisas em indivíduos saudáveis

Não é correto fazer pesquisas onde se mostre que o consumo elevado de proteína prejudica ainda mais pessoas com doenças renais e extrapolar essa conclusão para indivíduos saudáveis.
Por norma, os atletas consomem altos níveis de proteína em sua dieta, especialmente atletas de força [*1]. Na verdade, muitos esportistas chegam a consumir 2gr de proteína por quilo de peso corporal. Apesar disso, não há evidências de que esses atletas estejam em maior risco de sofrer de doença renal.
Pelo contrário, uma pesquisa realizada com fisiculturistas e atletas bem treinados, publicada no International Journal of Nutrition& Exercise Metabolism, concluiu que a ingestão de 2,8gr proteína por quilo de peso não prejudicou a função renal desses atletas [*2].
Essa pesquisa é importante, na medida em que os fisiculturistas são o grupo de pessoas que consomem proteínas em maiores quantidades. E, apesar disso, seus rins estão funcionando corretamente.
Em 2005, pesquisadores avaliaram as pesquisas em volta dessa questão e apresentaram a conclusão de que, embora possa ser benéfico pessoas em tratamento de doença renal reduzirem a quantidade de proteína dietética, não existe nenhuma evidência de que a ingestão de altas quantidades de proteína possa prejudicar a função renal em pessoas saudáveis [*3].
Como se não bastasse, existe ainda uma outra pesquisa realizada em pessoas obesas que se encontravam em um regime de perda de peso, que mostrou que as dietas ricas em proteína não causaram danos na função renal [*4].

Conclusão

A observação simples é a de que não existe sustentação científica para a afirmação de que o consumo elevado de proteína vai prejudicar os rins de pessoas saudáveis. Esses falsos alertas são o resultado da ignorância e sensacionalismo da mídia, que está mais preocupada em conseguir lucro fácil do que em informar verdadeiramente.
Se você tem algum problema nos rins, logicamente deve ter cuidado com a quantidade de proteína que consome. Mas se você for saudável, não tem por que se preocupar.

REFERÊNCIAS OU NOTAS:
[*1] – Lemon PW., Is increased dietary protein necessary or beneficial for individuals with a physically active lifestyle?, Nutr Rev. 1996 Apr;54(4 Pt 2):S169-75 [LINK]
[*2] – Poortmans JR, Dellalieux O., Do regular high protein diets have potential health risks on kidney function in athletes?, Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2000 Mar;10(1):28-38 [LINK]
[*3] – Martin WF, Armstrong LE, Rodriguez NR., Dietary protein intake and renal function., Nutr Metab (Lond). 2005 Sep 20;2:25 [LINK]
[*4] – Skov AR, et. al., Changes in renal function during weight loss induced by high vs low-protein low-fat diets in overweight subjects, Int J Obes Relat Metab Disord. 1999 Nov;23(11):1170-7 [LINK]

Fonte: Nutrição Pekool.